Desde o ano de 2009, a Avec mantém uma parceria com a Comunidade S8, uma Organização Não-Governamental localizada em São Gonçalo (RJ), que há 43 anos trabalha na área da dependência química, cuidando de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos que são expostos ao consumo de drogas na sociedade.
Os principais objetivos da Comunidade S8 são a promoção da justiça social, mediante a inclusão, trabalhar em função da transformação da realidade social de moradores de rua, a promoção e defesa dos direitos da criança, adolescente, jovem, adulto e dependente químico. Lutar contra as desigualdades sociais e pelos direitos dos dependentes químicos e estimular a autonomia como requisito básico para aquisição e manutenção da cidadania também fazem parte das finalidades da Comunidade S8.
“A parceria com a Avec tem possibilitado darmos um salto na qualidade dos nossos serviços e na evangelização da comunidade local, pois a educação dos nossos alunos, familiares e acolhidos é toda baseada nos princípios bíblicos”, declara Elisa Fontes, gerente de Relações Institucionais. Segundo a gerente, os objetivos da instituição têm sido alcançados com o aporte financeiro repassado “com carinho e fidelidade” pela Avec.
A contribuição financeira da Avec é fundamental e possibilita que a Comunidade S8 atenda os alunos dos projetos e seus familiares, além de 25 pessoas que vivem na rua. Todos podem usufruir da estrutura da instituição, um ambiente saudável, livre de drogas, abusos e violência. “A comunidade local tem sido abandonada pelo poder público, sem serviços de saúde, sem escolas suficientes, sem lazer e cultura. A população está cada vez mais vulnerável às drogas e à violência, pois em nosso entorno existem várias comunidades na mão do tráfico”, descreve Elisa.
Por meio do projeto Escola S8, a instituição atende os filhos de dependentes químicos internados na Clínica Popular de Tratamento. A escola atua desde a educação infantil até o 5º ano do Ensino Fundamental e, desde 1982, atende anualmente em torno de 300 crianças com ensino voltado para a prevenção ao uso de drogas.
Nestes cinco anos de parceria, a instituição assistiu 1.327 crianças e adolescentes no Projeto Aprender Melhor, que oferece oficinas de balé, skate, informática, Jiu-Jitsu, xadrez, futsal e vôlei. Pensando no bem estar dos seus beneficiados, a ONG também desenvolve o Projeto S8 em Família, no qual, uma vez por semana, os responsáveis dos alunos da Escola S8 e do Aprender Melhor se reúnem, com o objetivo de melhorar o relacionamento familiar. Durante este encontro, eles assistem a palestras e participam de grupos de apoio com um psicólogo, uma pedagoga e um assistente social. Em média, 50 familiares participam dos encontros. Os parentes dos usuários de substâncias químicas que se encontram acolhidos na Comunidade S8 também participam de grupos semanais de apoio.
A Comunidade S8 investe no apoio a pessoas em situação de rua por meio da Casa de Acolhimento. O projeto foi iniciado em 2011 e, naquele ano, atendeu cerca de 30 homens. Em 2012, esse número passou para 125, em 2013, foram 148, e até julho de 2014, a instituição acolheu 60 homens. Cada interno permanece na casa entre um a quatro meses.
O desafio da Comunidade S8 é manter o funcionamento dos projetos, com a mesma qualidade e respeito aos usuários do serviço, apresentando um espaço físico adequado e seguro e com profissionais capacitados. “Nosso objetivo é fortalecer os projetos existentes em todo o nosso espaço, que compreende uma área de 9 mil m², onde funcionam a Casa de Acolhimento e as oficinas. Também pretendemos ampliar os projetos, qualificar melhor os serviços e contratar novos profissionais”, completou Elisa Fontes.
Reconhecimento
O trabalho da Comunidade S8 é reconhecido pelas famílias dos beneficiados. Zenes Vieira da Cunha é viúva e mãe dos adolescentes, Danilo, Alexcsander e Caio, de 14, 13 e 12 anos. Seus filhos participam das aulas de futsal, Jiu-Jitsu, skate e xadrez há três anos. “Nosso bairro está contaminado pelas drogas, e a Comunidade S8 nos dá segurança de que nossos filhos estão sendo bem direcionados e prevenidos da violência lá de fora. Lá eles aprendem coisas novas e participam de competições esportivas. Os meninos têm várias medalhas, inclusive de ouro”, conta Zenes.
Cláudia Rebeca Dias de Souza, de 12 anos, é aluna assídua das aulas de balé, informática e futsal. Sua tia, Claudiene Dias, também reconhece a importância da ONG para o local onde ela e seus familiares vivem. “O projeto é fundamental para manter as crianças e os adolescentes longe das drogas. Minha sobrinha gosta muito de todas as aulas e já participa do Projeto Aprender Melhor há dois anos.”
A Comunidade S8 é grata pela cooperação da Avec e afirma que conta com a continuidade dessa parceria, que depende do apoio e fidelidade dos Parceiros Ministeriais.
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