Desde 2006, o Pr. Luciano Fraga, sua esposa Vanessa e filha Caroline – na época com 2 anos - estão em Guiné-Bissau, na África, dedicando tempo, amor e dons à missão que Deus os confiou. Em 2011, a Associação Vitória em Cristo conheceu o projeto e, desde então, tem apoiado as ações realizadas no país africano.
Entre tantas dificuldades e conquistas, uma oferta foi feita e, com gratidão e ciente da responsabilidade, o missionário aceitou: dois terrenos em regiões de predominância islâmica. “Eu estive conversando com o chefe da aldeia e com a população; e constatei algo de Deus mesmo, maravilhoso, que foi a vontade dele (do líder) de ter uma igreja cristã na aldeia”, contou o pastor Luciano.
As etnias mais comuns em Bafatá, que fica na região leste de Guiné, são a Fula, Manjaco e alguns Balanta, sendo que a Fula – que é superior em número - é quase que em sua totalidade da religião islâmica. De acordo com o pastor, o contato para a doação dos terrenos teve como ponto de partida o acompanhamento do resultado de todo o trabalho realizado em Bafatá. “Tem um trabalho a 40km de lá, na aldeia chamada Sarendjobo, onde nós construímos uma igreja com casa pastoral e tem o projeto de recreação infantil, com alunos de 5 e 6 anos de idade. Aproximadamente 40 crianças frequentam diariamente esse projeto e a maioria é de filhos de mulçumanos”, revela Pr. Luciano.
Essas crianças são alimentadas e pré-alfabetizadas pelos professores, o que tem um impacto muito positivo na população. Devido a esse trabalho em Sarendjobo, que acontece desde 2012, os moradores de Sintcha Djau e Sintcha Sutu - aldeias que ficam nas redondezas – viram a seriedade e a importância do projeto e da igreja no local. Foi assim que no final de 2019 e início de 2020 o Pr. Luciano recebeu a proposta.
O inesperado desafio
O que ninguém esperava é que, logo após a oferta dos terrenos, a pandemia estouraria e limitaria tanto a continuidade dos planos. Porém, apesar de todas as incertezas que a situação trouxe, Pr. Luciano aguardou um pouco, administrou para que o básico – o sustento das famílias – não faltasse e, assim, chegou 2021.
“Pela fé, achei por bem fazer pelo menos uma igreja pequena, provisória; uma em cada aldeia para agregar os novos convertidos. Já conseguimos, antes do período da chuva, construir as duas igrejas e colocar o telhado. Agora vamos lá colocar portas, janelas, reboco e piso, para que as pessoas possam congregar dignamente nas aldeias”, destacou o pastor.
Como presidente da igreja, o missionário designa obreiros nativos para dirigirem as congregações. Eles são discipulados, passam pela formação teológica e são enviados para trabalhar nas aldeias. O número de convertidos tem aumentado e, com isso, os candidatos ao batismo também, o que é uma grande vitória em meio a tantos desafios. Pr. Luciano contou: “Em julho realizaremos o batismo na região de Bafatá, onde esses irmãos de Sintcha Djau e Sintcha Sutu vão se juntar aos irmãos de Sarandjobo e outras aldeias o grande batismo nas águas. São irmãos alcançados pela evangelização das igrejas que estão sendo levantadas na região leste”.
“A doação desses terrenos é milagre de Deus, em meio a um povo mulçumano. Em qual parte do mundo isso acontece? Chegou o tempo de Deus para levar o amor, a alegria, a paz e a salvação por meio da Palavra aos guineenses, esse povo sofrido, mas com o coração muito aberto para o evangelho do Senhor Jesus Cristo”, encerra, com gratidão, Luciano Fraga.
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