Alguns ainda procuram encontrar a “metade da laranja”. Ledo engano, pois Deus nos fez seres inteiros, com educação, hábitos, gostos, visão de mundo, temperamento, personalidade, caráter e até medida de fé diferenciados. Somos seres singulares!
No casamento ocorre, sim, uma soma, não de duas metades, mas de dois inteiros que se tornam um inteiro maior ainda. Evidentemente, se ocorre esse somatório de dois indivíduos inteiros e singulares, surgirão problemas de adaptação, ajustes inevitáveis, o exercício do amor, do perdão, da empatia, da paciência, da temperança, de ouvir o outro e ceder (por amor). Isso só é possível quando o casal põe o seu “eu” na cruz, na total dependência da vontade de Deus.
Existem quatro tipos básicos de temperamento: o colérico, caracterizado pelo espírito impetuoso e de liderança; o sanguíneo, muito alegre, amável sonhador e comunicativo; o fleumático, observador, fácil de se relacionar, gentil e sábio por natureza, e o melancólico, extremamente sensível e amigo.
Cada temperamento apresenta também características negativas: o colérico costuma exagerar em seus ímpetos e facilmente pode ser grosseiro e egocêntrico; o sanguíneo pode se perder em suas conversas e divagações, tornando-se irresponsável; o fleumático pode demorar tanto a reagir, que se torna um procrastinador do que tem de ser feito; o melancólico pode prender-se excessivamente ao passado (nostalgia) e aos seus sentimentos e aos dos outros, causando-lhe grande tristeza.
Outro fator importante: ninguém apresenta um só tipo de temperamento. O que temos é a mistura de dois ou três, havendo sempre a prevalência de um com características externas mais marcantes. Por que estou falando tudo isso? Porque é comum entre os casais ignorar essas diferenças de temperamento e tentar impor ao marido ou à esposa as características de temperamento um do outro. Ora, se Deus nos criou diferentes, por que tentar igualar todas as pessoas?
Não existe o cônjuge perfeito. Todos os seres humanos mentalmente normais apresentam pontos positivos e negativos em seu temperamento e personalidade. Desperte o melhor de seu cônjuge! Incentive seu marido ou sua esposa a ser feliz, a realizar e conquistar! Há sonhos que só são alcançados com fé, amor, motivação, incentivo, otimismo, sabedoria e colaboração do cônjuge. Seja parceiro, companheiro, incentivador de seu cônjuge, creia que o sucesso dele será também o seu!
Por outro lado, não anule os seus sonhos. Paralelamente, lute por eles, compartilhe-os com seu cônjuge para que ele também incentive você a concretizar desejos. Quando marido e mulher são parceiros e cúmplices, os dois crescem juntos, sem competitividade, sabotagem, inveja ou ciúme, e se realizam juntos, utilizando como ferramenta o melhor do temperamento de cada um, o amor, a cumplicidade, a solidariedade, a fé e esperança em Deus.
Por Elizete Malafaia
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