Rafael Nogueira conta como teve sua vida transformada por meio do trabalho dos agentes religiosos dentro da prisão. Envolvido com o tráfico desde a adolescência, foi preso duas vezes e chegou a perder os pais durante o tempo em que estava no sistema prisional. Mas foi lá dentro que ele reencontrou a fé e iniciou seu processo de transformação. Hoje, é prova viva de que Deus muda histórias, e de que cada pessoa que contribui para o trabalho evangelístico nos presídios faz parte disso.
O que te levou ao crime?
Cresci num lar conturbado. Meu pai era alcoólatra e agredia minha mãe. Isso fez com que eu crescesse com sentimento de revolta e, aos 15 anos, ingressei no crime.
Por que foi preso e quanto tempo ficou?
Fui preso em 2004 por tráfico de drogas na comunidade onde nasci e cresci, no Jardim Catarina (São Gonçalo, RJ). Fui solto e, após 3 meses, fui preso novamente. Cumpri uma pena de 4 anos e 2 meses e saí para cumprir a condicional.
Qual era seu maior medo quando estava preso?
Era pensar em como ia ser aqui fora. Eu já tinha saído uma vez e voltei pro crime. Tinha medo de sair e não conseguir um trabalho, não ter uma profissão. E também a rejeição da sociedade. A gente sai marcado. Fica com medo de não ser aceito.
Como foi o seu contato com a capelania prisional?
Eu comecei a participar da escola bíblica que acontecia aos domingos. A irmã Lêda estava sempre lá distribuindo livros, Bíblias e incentivando a gente. Foi assim que eu voltei pros caminhos do Senhor.
Como foi esse retorno para Jesus?
Foi um processo doloroso. Eu tinha perdido minha mãe na primeira prisão, e meu pai na segunda. Me afundei nas drogas. À noite, ficava usando muita droga, mas sempre assistia ao programa do pastor Silas Malafaia. Aquilo me deixava triste com minha situação, mas também me dava esperança e vontade de mudar. Aos poucos, Deus foi trabalhando e, com a ajuda dos agentes religiosos, consegui firmar meus passos.
O que mudou depois dessa decisão?
Mudou tudo. A vida com Jesus é completamente diferente. Tem a paz interior que só Ele pode dar. Mesmo lá dentro, a gente sente descanso e repouso nele.
O que mais te marcou no trabalho dos agentes religiosos?
Eles acreditam que a gente pode mudar, que a ressocialização é possível por meio do Evangelho. Me orientaram sobre as situações de rejeição que poderia viver aqui fora, mas que seria possível vencer se firmasse meus passos em Cristo. E, mesmo que muitos não acreditassem em mim, tudo dependeria do meu testemunho.
Qual sua opinião sobre o trabalho evangelístico nos presídios?
É uma porta que Deus abriu onde muitos não querem ir. A sociedade não acredita na transformação e o Estado não investe na ressocialização, mas pessoas têm tido encontros verdadeiros com Deus lá dentro. Já vi Deus levantar pastores, missionários. Gente que sai dali e volta pra sua comunidade como pregador da Palavra.
Quando você saiu em liberdade, como foi sua vida?
Continuei firme com Cristo. Já são 15 anos desde que voltei pra Jesus, e 12 anos que estou em liberdade. Hoje sou presbítero, congrego na Assembleia de Deus, no Ministério Portas Abertas. Faço um trabalho evangelístico na comunidade onde cresci. Sou casado, tenho dois filhos, dois netos. Trabalho, sirvo a Deus e quero voltar ao cárcere — mas agora pra fazer a obra de Deus.
Que mensagem você deixa pra quem contribui com esse trabalho?
Você, que é parceiro ministerial da Avec, saiba que sua contribuição está fazendo diferença. Esse trabalho dos agentes religiosos tem transformado pessoas como eu. Lá dentro tem curso profissionalizante, tem assistência, tem Palavra de Deus sendo pregada. Continue contribuindo.
Há homens e mulheres que não têm medido esforços para que vidas sejam alcançadas, e sua contribuição é essencial para que eles possam chegar ali. Sua oferta está sendo bem aplicada para o Reino de Deus.
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